Fim de semestre na faculdade, época de inventar qualquer desculpa pra procrastinar e fingir que os prazos não estão aí batendo na porta. É tipo um ritual, sinto que às vezes só funciono no calor da última hora. Quando faço tudo antes e com calma, parece que não fica tão bom quanto as coisas que faço correndo. Faz sentido?
Eu sempre começo o semestre feliz e empolgada, e ao fim dele só quero minha cama. É um martírio diário levantar e ir pra faculdade, ainda mais com o frio que faz de manhã cedo essa época do ano…
Esse post é parte do meu ritual de procrastinação.
Vamos aos assuntos nada a ver.
Começou a Eurocopa sexta passada, e tenho acompanhado as partidas que posso. Hoje estou na expectativa de um bom jogo entre Alemanha e Holanda, mas acho que vai ser uma partida morta. Os jogos mais esperados tem sido os mais chatos, e os que ninguém se importa, os mais divertidos! Ucrânia x Suécia (The Zlatan Ibrahimovic show featuring Zlatan Ibrahimovic as Zlatan Ibrahimovic!) e Grécia x República Tcheca foram os meus favoritos até agora.
Sobre Grécia x República Tcheca, tenho um momento engraçado (?) pra relatar.
Como esperado, torci muito pela República Tcheca por causa do Petr Cech. Apesar de ser gooner, tenho um amor do tamanho do mundo por esse goleiro, e os 4 gols que ele levou contra a Rússia me deixaram muitíssimo chateada. Queria muito que ele fizesse uma boa partida ontem, então vi o jogo durante meu horário de almoço, com o coração na mão.
Pois bem, estava eu comendo minha salada sem tirar os olhos da TV, quando saiu o 1º gol dos tchecos. Eu, cheia de comida na boca, não podia nem falar “gol!” baixinho, então saíram apenas uns sons “uhgnnghfh” esquisitos enquanto eu quase engasgava. O cara ao meu lado me olhou bizarramente.
No segundo gol, pra minha alegria, eu não estava mastigando nada (mas quase derrubei o garfo no chão), e consegui falar um “YES! Gol!” e aí o cara que estava me olhando estranhamente não se aguentou e resolveu falar comigo. Eis o diálogo transcorrido.
– Você está torcendo pra quem?
– República Tcheca!
Diante do olhar de “Porque uma pessoa torceria para a República Tcheca?”, eu continuei.
– É que eu gosto muito do goleiro, Petr Cech. – O olhar do homem claramente demonstrava que ele não sabia quem raios é Petr Cech. – Goleiro do Chelsea?
– Ah, sim, claro.
– E tem também o Rosicky, do Arsenal.
Eis que um rapaz sentado perto ouviu o diálogo e me olhou com aquele costumeiro ar de quem acha que mulher saber nome de jogador é algo alienígena. Eu quase tirei o casaco pra ver se acreditavam mesmo que eu gosto de futebol – eu estava com uma camisa do Real Madrid por baixo.
O jogo continuou, e então o rapaz que tinha me olhado com ar de alien soltou a pergunta:
– Mas porque o goleiro usa esse capacete estranho?
Quando eu respondi que “em 2006 ele levou uma joelhada de um jogador do Reading e sofreu uma lesão no crânio” senti todos os olhares da mesa na minha direção. E aí o homem que não sabia quem é Petr Cech falou “Não é que a mocinha entende de futebol?”.
Nessas últimas semanas, acompanhei o torneio de Roland Garros. Não por gostar de tênis, mas porque a temporada europeia de futebol de clubes tinha acabado e eu não tinha mais o que ver mesmo. Eu sempre tive umas flertadas com tênis, mas dessas de só assistir às finais e saber os nomes dos jogadores mais conhecidos. Dessa vez de fato acompanhei o que estava acontecendo no campeonato!
E eis que eu descobri meu amor oculto pelo Rafael Nadal! E meu desgosto pelo Novak Djokovic. Sei lá, a cara dele me dá raiva.
Pretendo acompanhar tênis melhor daqui pra frente, foi inesperadamente divertido. Não que eu precise de mais coisas pra me incentivar a procrastinar….
Acho que o post está meio grande, vou parar por aqui. Ainda estou decidindo se vou ou não ao Morumbi amanhã – vou acabar decidindo no cara ou coroa-, se eu for faço um post novo aqui na sexta. Ou não.
Vamos ver.