cada vez que pierdas, date cuerda y vuelve a empezar

13 Jun

Fim de semestre na faculdade, época de inventar qualquer desculpa pra procrastinar e fingir que os prazos não estão aí batendo na porta. É tipo um ritual, sinto que às vezes só funciono no calor da última hora. Quando faço tudo antes e com calma, parece que não fica tão bom quanto as coisas que faço correndo. Faz sentido?

Eu sempre começo o semestre feliz e empolgada, e ao fim dele só quero minha cama. É um martírio diário levantar e ir pra faculdade, ainda mais com o frio que faz de manhã cedo essa época do ano…

Esse post é parte do meu ritual de procrastinação.

Vamos aos assuntos nada a ver.

 

when will your faves?

 

Começou a Eurocopa sexta passada, e tenho acompanhado as partidas que posso. Hoje estou na expectativa de um bom jogo entre Alemanha e Holanda, mas acho que vai ser uma partida morta. Os jogos mais esperados tem sido os mais chatos, e os que ninguém se importa, os mais divertidos! Ucrânia x Suécia (The Zlatan Ibrahimovic show featuring Zlatan Ibrahimovic as Zlatan Ibrahimovic!) e Grécia x República Tcheca foram os meus favoritos até agora.

Sobre Grécia x República Tcheca, tenho um momento engraçado (?) pra relatar.

Como esperado, torci muito pela República Tcheca por causa do Petr Cech. Apesar de ser gooner, tenho um amor do tamanho do mundo por esse goleiro, e os 4 gols que ele levou contra a Rússia me deixaram muitíssimo chateada. Queria muito que ele fizesse uma boa partida ontem, então vi o jogo durante meu horário de almoço, com o coração na mão.

Pois bem, estava eu comendo minha salada sem tirar os olhos da TV, quando saiu o 1º gol dos tchecos. Eu, cheia de comida na boca, não podia nem falar “gol!” baixinho, então saíram apenas uns sons “uhgnnghfh” esquisitos enquanto eu quase engasgava. O cara ao meu lado me olhou bizarramente.

No segundo gol, pra minha alegria, eu não estava mastigando nada (mas quase derrubei o garfo no chão), e consegui falar um “YES! Gol!” e aí o cara que estava me olhando estranhamente não se aguentou e resolveu falar comigo. Eis o diálogo transcorrido.

– Você está torcendo pra quem?

– República Tcheca!

Diante do olhar de “Porque uma pessoa torceria para a República Tcheca?”, eu continuei.

– É que eu gosto muito do goleiro, Petr Cech. – O olhar do homem claramente demonstrava que ele não sabia quem raios é Petr Cech. – Goleiro do Chelsea?

– Ah, sim, claro.

– E tem também o Rosicky, do Arsenal.

Eis que um rapaz sentado perto ouviu o diálogo e me olhou com aquele costumeiro ar de quem acha que mulher saber nome de jogador é algo alienígena. Eu quase tirei o casaco pra ver se acreditavam mesmo que eu gosto de futebol – eu estava com uma camisa do Real Madrid por baixo.

O jogo continuou, e então o rapaz que tinha me olhado com ar de alien soltou a pergunta:

– Mas porque o goleiro usa esse capacete estranho?

Quando eu respondi que “em 2006 ele levou uma joelhada de um jogador do Reading e sofreu uma lesão no crânio” senti todos os olhares da mesa na minha direção. E aí o homem que não sabia quem é Petr Cech falou “Não é que a mocinha entende de futebol?”.

HIS7ORY

Nessas últimas semanas, acompanhei o torneio de Roland Garros. Não por gostar de tênis, mas porque a temporada europeia de futebol de clubes tinha acabado e eu não tinha mais o que ver mesmo. Eu sempre tive umas flertadas com tênis, mas dessas de só assistir às finais e saber os nomes dos jogadores mais conhecidos. Dessa vez de fato acompanhei o que estava acontecendo no campeonato!

E eis que eu descobri meu amor oculto pelo Rafael Nadal! E meu desgosto pelo Novak Djokovic. Sei lá, a cara dele me dá raiva.

Pretendo acompanhar tênis melhor daqui pra frente, foi inesperadamente divertido. Não que eu precise de mais coisas pra me incentivar a procrastinar….

Acho que o post está meio grande, vou parar por aqui. Ainda estou decidindo se vou ou não ao Morumbi amanhã – vou acabar decidindo no cara ou coroa-, se eu for faço um post novo aqui na sexta. Ou não.

Vamos ver.

ainda tem muito a se fazer

9 Mar

Ontem foi o Dia da Mulher. Amo a Lola porque ela consegue falar tudo que eu queria e não sei juntar em 5 frases que façam sentido (e que não contenham palavrões).

Acho engraçado como as pessoas acham que feminismo é pior que câncer e que a batalha acabou quando a mulher passou a trabalhar, que tá tudo bem, machismo não existe mais. E são sempre as mesmas pessoas que acham que o racismo acabou com o fim da escravidão, que acham que dia do orgulho gay é pra desmerecer heterossexuais, enfim. Pessoas patéticas, basically.

Se a mentalidade do ser humano mudasse num piscar de olhos, o mundo não estava a bosta que é agora.

Se você acha que machismo não existe, experimenta ser mulher e gostar de futebol. Se eu ganhasse 1 real por comentário machista/sexista que eu escuto por dia, nossa, eu nem estava mais trabalhando. Demorei 1 ano (sim, minha gente, um ano!) pra começar a ter minhas opiniões futebolísticas levadas a sério no ambiente de trabalho – e ainda daquele jeito. Eu quase pulei da cadeira, surpresa, a primeira vez que um dos rapazes veio me perguntar minha opinião sobre um lance polêmico de um jogo do Real Madrid.

Já passei por muitas, incontáveis situações machistas por gostar de futebol (inclusive por parte do meu próprio pai), mas pra minha sorte tenho muitas amigas que gostam do esporte e com quem posso ter ótimas discussões.

Geralmente a primeira reação que um homem tem (comigo, pelo menos) quando eu menciono que gosto de futebol é cuspir um questionário pra cima de mim, como que pra comprovar que sou fã de futebol mesmo, e não do Neymar. O engraçado é que, quando eu respondo tudo (e corretamente), eles geralmente ficam bravos. Que audácia uma mulher saber sobre futebol! É o fim do mundo! Ela não está na cozinha!

Pfft.

Tenho vontade de cuspir café quente na cara do infeliz que me pergunta se eu sei o que é impedimento.

Enfim.

Na semana do Carnaval, tive a alegria de levar minha querida amiga Izumi, recém convertida para O Bem, para fazer o Morumbi Tour. No dia seguinte demos um pulo em Santos e aproveitamos a ocasião pra visitar também a Vila Belmiro.

O que isso tem a ver?

Bem, de todas as pessoas fazendo as visitas, nós éramos as únicas mulheres desacompanhadas de homens. O monitor do Morumbi Tour não devia estar acostumado com essas espécies raras, porque nos lançava olhares curiosos o tempo inteiro (cadê o namorado? O marido? O filho? Não é possível que sejam duas moças vindo por conta própria! Mulher não gosta de futebol por vontade própria, remember?).

can't hear you over the sound of my trophies

Pois é, mundo.

Ainda haverá um dia em que os estádios estarão cheios de mulheres (mais mulheres que homens!) se divertindo e vendo seu time, discutindo táticas enquanto os machos ficam em casa vendo novela. E tudo isso será completamente normal, e ninguém vai fazer piadinha disso – ou estranhar.

But this is not the day :(

Até lá, fica aqui o desabafo de uma fã de futebol que gostaria de ser julgada pelo seu conhecimento e amor ao esporte, não pelos cromossosmos.

ay me voy otra vez

2 Mar

Olá! Alguém ainda lê isso aqui?

Então, eu disse que eu era ruim em manter um blog… Mas não esqueci dele não, é que estava meio sem inspiração. Sabe quando você quer escrever, tem vários assuntos, mas quando abre a página simplesmente não consegue colocar as ideias no lugar? Não que eu seja a pessoa mais coerente e coesiva da web, mas não estava com o “feeling” nos últimos dias (quase meses, ops).

Pensei em postar sobre várias coisas, estou devendo um post sobre Sherlock Holmes para a @Izuzumi, queria falar sobre Huecco e sobre outras coisas que tenho escutado, sobre ideias que têm passado pela minha cabeça, reclamar do futebol. Mas aí fui empurrando pra depois e agora não estou com vontade de escrever sobre nada disso! Ficam aí as pautas para próximas ocasiões.

Lembram que eu tinha reclamado da falta de praia? Outro motivo para a falta de posts é que desenterrei a farofeira que vive em mim passei o Carnaval em Ilhabela, com direito a uma pulada em Santos e no Guarujá. Posso dizer que minha vontade de praia está 70% saciada! Mas o melhor, claro, foi a presença de queridas amigas! Que dias bons assim se repitam esse ano (de preferência com praia e tudo mais).

 

Bom, sobre o post de hoje, minhas aulas voltaram essa semana. Acho que todos que lêem isso aqui sabem que sou estudante de Letras, mas caso eu tenha algum stalker ou curioso, olá! Sou estudante de Letras. Como toda boa universitária, já passei meu momento de desencanto com o curso, com a vida e com o universo, e agora estou no estágio de buscar novamente o que havia me encantado no começo.

A verdade é que eu continuo meio sem perspectiva, mas a gente vai levando, só de birra só de sarro (Chico Buarque, seu lindo, me aguarde que dia 11 estarei em seu coração). Estou em fase de reencontrar e redescobrir as coisas, e pra isso me esbaldei de optativas neste semestre. Abri a cabeça pra novos horizontes, resolvi sair da minha comfort-zone de frescura e me abri aos desafios. Um desses desafios é o Tupi!

Índio: me gusta el tupi!

Hoje tive a primeira aula e estou maravilhada. Eu geralmente odeio primeira semana de aula, aulas introdutórias me esgotam a paciência e sinto que são pura perda de tempo. Mas essa aula foi sensacional! É um privilégio ter acesso a uma disciplina tão interessante, em uma área tão pouco explorada. Me senti empenhada a me dedicar e aproveitar ao máximo!

Percebi o quão pouco eu e a população brasileira sabemos sobre algo que é tão importante da nossa cultura. Hoje, em uma simples aula introdutória, aprendi mais sobre nossas raízes do que me foi passado no ensino fundamental e médio inteiros. Fiquei pensando no quão diferente nossa visão de Brasil seria se tivéssemos acesso a essas informações em aulas de História e de Língua Portuguesa.

Que pena que o Brasil não liga pra sua própria história. Com os olhos sempre voltados pra grama do vizinho, não andamos pra frente pra pedir o cortador de grama emprestado e nem olhamos pra trás para apreciar a rosa florescendo no nosso próprio jardim.

(Pensamento de vocês: “Nossa, que filosofia barata, Gabriela!”)

Espero que as aulas continuem interessantes como foi essa de hoje. Logo venho me exibir aqui escrevendo frases em Tupi Clássico pra vocês.

Até a próxima!

como estragar a graça dos outros

19 Jan

Prometo que o próximo post não vai ser relacionado a futebol.

Isso aconteceu hoje na minha aula de Japonês, e eu tinha que escrever.

Comentei com a sensei que eu estava morrendo de sono porque fui dormir às 3h30 da madrugada. Ela perguntou o motivo, e eu disse que é porque estava ocupada comendo tudo que tinha na geladeira pra curar a depressão de ter visto o Real Madrid perder do Barcelona. De novo. Eu e a sensei somos amigas, então é normal esse tipo de diálogo no intervalo da aula.

Eis que, aproveitando o intervalo, começamos na turma o assunto jogadores favoritos (e também jogadores bonitos, por alguma razão quando tem mulher demais comentando futebol sempre acaba nisso). Me perguntaram qual eu achava mais bonito, e eu disse que não sabia porque tem muitos. E também porque eu sou conhecida pelo mau gosto, então provavelmente ninguém concorda com os meus bonitos. Mas vá lá. Não tenho culpa que eu não me prendo aos padrões da sociedade.

Um dos meninos, então, perguntou se eu achava o Messi bonito. Eu disse que achava fofo. Disseram que eu achava o dinheiro dele fofo. Só que eu disse, não, eu acho ele fofo.

A fofura de Leo Messi faz com que todos tenham ímpetos incontroláveis de abraçá-lo. Na foto, Eric Abidal esmagando Messi e pensando “Fato. É mais fofo que um ursinho de pelúcia”.

A discussão se estabeleceu. Argumentaram que ele podia ser tudo. Humilde, gente boa, moço de família, mas fofo jamais!

De alguma forma a discussão acabou chegando na tatuagem dele. Todos se surpreenderam quando eu disse que ele tinha uma tatuagem. E quando eu disse que a tatuagem era o rosto da mãe dele, no ombro, o horror dominou a sala. Os meninos inconformados que eu estraguei (EU!? Não fui eu que o tatuei!) o Messi pra eles, que eles nunca mais o veriam com os mesmos olhos. E as meninas pensando “como é que ele tem namorada? Como alguém consegue fazer alguma coisa com o rosto da mãe ali, espreitando?”.

Eu acho fofo que ele tenha uma tatuagem da mãe. Porém acho extremamente creepy que seja um rosto. Onde estavam as pessoas pra avisá-lo que tudo bem se ele tatuasse só o nome, seria uma homenagem legal da mesma maneira?

 

aleatoriedades

15 Jan

Feliz ano novo, acho?

Esqueci completamente de postar por aqui. Eu acho que não sirvo pra essa coisa de manter blogs! Mas vamos lá, hoje tenho um tema curioso.

Percebi que eu tenho uma mania de inventar apelidos ou nomes para as coisas. Além das minhas próprias coisas, eu também adoro dar nomes pras coisas dos outros, ou mudar os nomes dos animais de estimação dos outros.

Acho que todas as minhas amigas mais próximas já tiveram seus gatos renomeados por mim. Niej virou Hikari, Kirara virou Lalinha. Mesmo meu cachorro, Rock, teve muitos apelidos. Frango, Baleia, Galinha Magricela, Ridikulus – e sim, ele atendia por todos esses nomes.

Minha mais recente onda de apelidos é relacionada ao futebol. Às vezes as pessoas podem até ter problemas pra entender de quem e de qual time eu estou falando, porque eu simplesmente dou apelido pra tudo. Alguns são facilmente identificáveis, outros você tem que pensar um pouco ou me perguntar mesmo.

Aqui vai uma listinha do que eu consigo lembrar nesse momento.

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